Os pólipos intestinais são pequenas formações que podem surgir no revestimento do intestino grosso e, embora muitas vezes sejam benignos, alguns tipos podem evoluir para o câncer colorretal. Estudos indicam que cerca de 30% dos adultos entre 45 e 50 anos apresentam pólipos intestinais, tornando essencial o rastreamento para prevenção de complicações. Mas afinal, o que causa essas alterações e como é possível se proteger? Descubra a seguir.
O que são pólipos intestinais?
Pólipos intestinais são lesões que se desenvolvem na mucosa do intestino devido a uma proliferação anormal de células. Eles podem ter formatos variados, desde planos e baixos até estruturas mais elevadas, semelhantes a cogumelos. Embora nem todos os pólipos representem um risco imediato, alguns podem se transformar em tumores malignos ao longo do tempo. Por isso, a prevenção e o monitoramento são fundamentais.
Por que os pólipos aparecem?
O crescimento dos pólipos intestinais ocorre devido a uma alteração no processo natural de renovação celular do intestino. Alguns fatores podem contribuir para esse processo, aumentando o risco de desenvolvimento dessas lesões:
- Histórico familiar de pólipos intestinais ou câncer colorretal;
- Doenças inflamatórias intestinais, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn;
- Idade avançada, com maior incidência após os 45 anos;
- Hábitos alimentares inadequados, incluindo o consumo excessivo de carnes vermelhas e alimentos ultraprocessados;
- Sedentarismo e falta de atividade física regular;
- Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
- Obesidade, que está associada a um maior risco de desenvolvimento de pólipos.
Como identificar os pólipos intestinais?
Na maioria dos casos, os pólipos intestinais são assintomáticos e são descobertos apenas por meio de exames de rotina. No entanto, alguns sinais podem indicar sua presença, como:
- Sangramento retal ou fezes escurecidas;
- Presença de muco nas fezes;
- Alterações no hábito intestinal, como diarreia ou constipação prolongada;
- Dores abdominais semelhantes a cólicas;
- Anemia por deficiência de ferro, devido à perda crônica de sangue.
Diagnóstico e tratamento
O principal exame para a detecção e remoção dos pólipos intestinais é a colonoscopia, procedimento no qual um tubo flexível com uma câmera na ponta permite a visualização do intestino grosso. Durante esse exame, caso um pólipo seja identificado, ele pode ser removido imediatamente e enviado para análise laboratorial.
Outros exames auxiliares incluem:
- Sigmoidoscopia, para avaliação da parte final do intestino grosso;
- Tomografia computadorizada (colonoscopia virtual), que gera imagens detalhadas do órgão;
- Exames de fezes, para detectar a presença de sangue oculto ou alterações genéticas sugestivas de pólipos.
O tratamento ideal consiste na remoção total dos pólipos identificados, prevenindo a evolução para o câncer colorretal.
Como prevenir o surgimento de pólipos intestinais?
Embora alguns fatores de risco sejam incontroláveis, como a idade e o histórico familiar, há medidas que podem reduzir significativamente as chances de desenvolver pólipos intestinais:
- Manter uma alimentação equilibrada, rica em fibras, frutas, verduras e cereais integrais;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Controlar o peso corporal;
- Realizar exames preventivos, especialmente após os 45 anos.
Os pólipos intestinais são comuns e, na maioria dos casos, podem ser tratados de forma simples e eficaz. No entanto, a prevenção e o rastreamento são essenciais para evitar complicações mais graves. Consultar um especialista em gastroenterologia regularmente é a melhor forma de manter a saúde digestiva em dia e reduzir os riscos associados a essa condição.
Se você tem 45 anos ou mais, converse com seu médico sobre a necessidade de realizar exames preventivos. Cuidar da sua saúde é sempre o melhor caminho!