Março é considerado o mês de conscientização contra o câncer colorretal ou câncer de intestino. O movimento faz parte de uma ação global para chamar a atenção da sociedade para a prevenção e o diagnóstico precoce de um dos tipos de tumor com maior incidência em todo o mundo.
No Brasil, a alta incidência da doença é alarmante, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), crescendo inclusive entre a população de faixa etária menor que o grupo de risco conhecido, que seria a partir de 50 anos. A enfermidade se desenvolve gradativamente, sem apresentar qualquer sintoma, por uma alteração nas células que começam a crescer de forma desordenada.
Considerada uma das únicas neoplasias possíveis de se fazer prevenção primária, diagnosticando precocemente e removendo os fatores causais, o câncer colorretal não costuma apresentar sintomas em fase inicial, fator que dificulta o diagnóstico precoce.
Neste cenário, quanto mais cedo este tipo de câncer for diagnosticado, maiores são as chances de cura da doença. Em estágio inicial, a chance de cura do câncer colorretal é de 70% a 90%, tornando a prevenção e o controle fundamentais.
O rastreamento, através do exame de Colonoscopia, pode detectar o câncer colorretal precocemente, quando ainda a possibilidade de cura é grande, por meio da remoção de alguns pólipos ou tumores antes de se transformarem em câncer.
Se você tem mais de 50 anos, marque sua consulta com um coloproctologista ou procure seu médico de confiança.
ENTENDA A DOENÇA
Saiba mais sobre o câncer colorretal
O QUE É
Câncer do cólon ou do reto, localizado na extremidade inferior do trato digestivo
COMO COMEÇA
Muitas vezes o câncer se inicia com o surgimento de pólipos, grupos de células que formam um pequeno aglomerado que, com o tempo, podem virar um câncer
SINTOMAS
Muitas vezes os pacientes têm o câncer sem sintomas, daí a importância do rastreamento, principalmente em pacientes mais velhos. Quando surgem, estão entre eles:
1 – Sangramento pelo reto
2 – Alteração do funcionamento normal do intestino
3 – Dor abdominal
4 – Obstrução intestinal
5 – Mudanças no apetite
6 – Perda de peso
7 – Fraqueza
DIAGNÓSTICO
> A busca por sangue oculto nas fezes é uma maneira mais barata (mas não tão precisa) de detectar o câncer colorretal
> A colonoscopia (exame de imagem do intestino) é recomendada para pacientes a partir dos 50 anos
IDADE
A média de idade no diagnóstico é de 60 anos, mas os mais jovens estão sofrendo mais com a doença nos EUA. A média de idade é de 60 anos
FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO
Obesidade: 33% maior incidência
Uso de cigarro: até 51% maior incidência
Um caso na família: até 157% maior incidência
Doença de Crohn (tipo de inflamação intestinal crônica): 200% maior incidência
Câncer de ovário: 190% maior incidência
Uso pesado de álcool: 52% maior incidência
Atividade física regular: 25% menos incidência e 26% menos mortalidade
Uso de aspirina: 29% menos mortalidade (pode ser maior dependendo do tipo do tumor)
NÚMEROS
20% é a quantidade de pacientes com menos de 50 anos diagnosticados no A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo
Entre 30% e 65% dos pacientes sobrevivem 5 anos após o diagnóstico, em média, dependendo do país
5% das pessoas vão desenvolver câncer colorretal ao longo da vida
NO BRASIL
32,2 mil casos anuais
15,4 mil mortes
TRATAMENTOS
> Cirurgia para remoção do tumor –se realizada, prognóstico é bastante superior
> Quimioterapia e radioterapia para matar células cancerosas e também reduzir tamanho do tumor, controlando-o e muitas vezes tornando-o operável
> Em caso de metástases, cirurgia para remoção de nódulos em órgãos como pulmão e fígado
Fontes: Inca, A.C.Camargo, Cancer.gov, Oncoguia, Claus-Henning Köhne
Folha de São Paulo: Incidência de câncer colorretal aumenta entre os mais jovens